28 de novembro de 2009
24 de novembro de 2009
Semiótica
Palavra que vem do grego semeion --> signo.
Signo, sinais, estímulos, que traduzem significados, que implicam em consciência, em linguagem.
Semiótica: Ciência geral das linguagens
Estuda qualquer tipo de linguagem-verbal, não- verbal, escrita, etc.
Onde houver qualquer tipo de comunicação haverá semiótica.
SERES SIMBÓLICOS:
O homem se comunica através de imagens, gráficos, sinais, setas, números, luzes, sons, gestos, expressões, cheiros, tatos, etc..
Somos seres simbólicos, isto é seres de linguagem.
LINGUAGEM
Sistema de representação do mundo .
É todo sistema de produção de sentido difundido pelos meios de representação como a fotografia, o cinema, o rádio, a TV, Internet, etc.
TIPOS DE LINGUAGEM
As linguagens estão no mundo e nós estamos na linguagem.
Verbal: escrita, falada
Não-verbal: mímica, expressão corporal
Inumana: linguagem binária do computador
Da natureza: ventos, chuvas, raios, etc...
Dos sonhos, do inconsciente, do silêncio, do código genético, etc.
SEMIÓTICO
É o estudo de toda e qualquer linguagem .
É a ciência dos objetos e dos processos signos na natureza e na cultura.
É a ciência que tem por objeto todas as linguagens possíveis
Tem por objetivo examinar os fenômenos de produção, de significação e de sentido.
Origem da Palavra Semiótica
O estudo da semiótica, se inicia na Grécia Antiga com Platão, mas o termo só aparece no século XVIII com John Lock. A partir dele passa a existir a semiótica explícita.
A semiótica está relacionada inclusive com a própria vida: DNA, RNA, tudo tem a ver com a comunicação .
E se existe comunicação há semiótica.
CHARLES SANDERS PEIRCE (1839—1914)
É o expoente máximo da semiótica no Século XX.
Foi filosofo, físico, matemático, historiador, linguista, psicólogo experimental, geólogo, biólogo...
Peirce criou a teoria sígnica do conhecimento. Sua semiótica é filosófica.
COLLECTED PAPERS
Os estudos percianos resultam em 90 mil manuscritos, hoje organizados em 8 volumes de COLLECTED PAPERS nos EUA.
Pensamento e signo para Peirce, todo pensamento se dá em signo e todo o signo (é multi dimensional) é a continuação de um outro signo.
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO:
Denotação: Um único significado, sentido literal, é a extensão de um conceito.
Conotação: Vários significados, sentido oculto.
Exemplo:
Maçã
Denotação: fruta
Conotação: tentação pecado.
Primeiridade, Secundidade, Terceiridade.
Primeiridade
É monádica (mônada): não tem unidade nem parte. É indivisível.
A Primeiridade é pura possibilidade, aquilo que é em si mesmo sem relação com nenhum outro. Aquilo que ainda não é. É o poder ser.
Consiste no presente imediato. É potencialidade abstrata. É em si. O primeiro não pode ser articuladamente pensado. Não pode ser descrito (“pense nele e ele já voou, diz Santaella) mas pode ser imaginariamente criado .
O primeiro é aquilo que é tal qual é, idependente de outra coisa. É o puro sentir. É qualidade de sentimento. É novidade, vida, liberdade. É a sensação pura sem percepção objetiva, vontade ou pensamento.
EXEMPLOS:
* artista é voltado para a primeiridade
* doridade (qualidade geral da dor)
* os momentos privilegiados em que a consciência é tomada pelo sentimento
* qualidade de sentir: sabor do vinho, gosto de cereja, cheiro de jasmim...
* aquela ausência quando a gente acorda e não sabe onde está
* nuvens passando formando imagens que logo mudam
* o presente é primeiridade
Secundidade
É diádica. Real, concreta, factual, atual.
A Secundidade está baseada no conflito. Temos nela ação e reação dos fatos concretos. Tem relação com os conhecimentos já adquiridos. Mundo físico, mundo da matéria. Qualquer relação de dependência entre dois termos é relação diádica, isto é, Secundidade (marido/mulher, alto/baixo, Bem/Mal...)
EXEMPLOS:
* o estado de vigília é secundidade (é uma consciência de reação)
* memória é secundidade
* o jornalista é voltado para a secundidade
* “tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra”
Terceiridade
É triádica.
É generalidade, infinitude, síntese, hábito, tempo . É representação. É interpretação do mundo.
O terceiro é aquilo que une um primeiro e um segundo em uma síntese através da mediação (ação inteligente). Precisa do agente semiótico, que pode ser qualquer organismo.
A terceiridade é a representação , um caminho com um destino, mas apresentando diversas vias opcionais Diante do fenômeno a consciência produz algo, um signo.
O signo é a concepção mais fácil de compreensão da Terceiridade.
OBS: O terceiro pressupõe o segundo e o primeiro; o segundo pressupõe o primeiro; o primeiro é livre.